O buraco

Nǐ hǎo!

Com uma semana na China e logo na primeira visita ao curso de chinês, nos deparamos com uma situação que achávamos que ia demorar um pouco mais rs. Após assistir uma aula experimental, perguntamos onde era o banheiro e nos indicaram o local. Claro que durante a programação da nossa vinda, pesquisamos bastante e uma das primeiras coisas que sempre aparece é sobre o tal banheiro.

Pense em um buraco negro. Pensou? É o banheiro na China. Até mesmo no Brasil, existem cidades do interior e ainda nas periferias das grandes cidades que fazem uso de fossas por uma questão de saneamento básico enquanto aqui se trata de uma questão cultural. Ainda nos parece relativo a presença ou não do padrão ocidental. Em Shopping Centers é possível encontrar o vaso e o tal buraco, enquanto no curso que frequentamos como muitos outros estrangeiros, só é encontrado o buraco.

Banheiro no Hand in Hand Club

Em outra situação, fomos a um restaurante brasileiro (sim!) em um hotel cinco estrelas com um banheiro super luxuoso onde era possível encontrar os dois padrões. Não tem jeito, trata-se de um costume e é algo tão forte para eles que muitas mulheres chinesas preferem ir à cabine que possui um buraco ao invés de ir à que possui um vaso (quando o banheiro tem as opções). Yí huìr jiàn!

Japa ou China?

Já estou há um mês na China e ainda não sei diferenciar, fisicamente, um chinês de um japonês. Tenho pesquisado mais formas de aprender não só essa nova língua, mas a sua cultura em si e entre um site e outro encontrei um jogo chamado Japochi. Trata-se de um site (o aplicativo também pode ser adquirido no Google Play) onde o jogador tem que visualizar a foto de uma pessoa e dizer se é da China ou do Japão. Confesso que tentei jogar, mas não passei dos 3 pontos rs. Mas e vocês? Sabem diferenciar um japonês de um chinês? Yí huìr jiàn!

Link do jogo: www.japochi.com

Primeiras impressões

Os chineses? Esqueçam tudo o que dizem sobre eles! Até agora só nos deparamos com pessoas sorridentes, hospitaleiras e disponíveis, mas se tem uma coisa que levam a sério é o dinheiro, mas isso é papo pra depois. Quando dizemos que somos brasileiros… Abrem logo um sorriso e nos pontos turísticos arriscam o espanhol. Sim, ainda acham que é a língua falada no Brasil. Como em todos os lugares do mundo, o Brasil é conhecido pelo samba e pelo futebol: aqui não é diferente. Por incrível que pareça ainda olham pros ocidentais com surpresa, só faltam dizer: “Nossa, que olhos grandes você tem!” Nos sentimos quase a chapeuzinho vermelho diante do lobo mau rs. Quando chegamos a qualquer lugar, já se fazem pequenos grupos e começam a cochichar e rir. Mesmo com a globalização, ainda somos pessoas diferentes e é perceptível uma curiosidade recíproca quando há esse contato.

Ano Novo Ocidental

Como a maioria das pessoas sabe, o ano novo chinês ocorre em um dia diferente do nosso e será comemorado no dia 19 de Fevereiro. Ao contrário do que muitos pensam: sim, eu tive uma comemoração do ano novo ocidental. Fechamos um grupo de sul americanos e reservamos mesas em um restaurante cubano chamado Caribeño. O lugar não era muito grande, mas os profissionais foram muito receptivos e fizeram jus ao perfil latino, pois estavam todos muito animados. A comemoração começou às 21:30 e fomos embora lá pelas 03:00 enfrentando um frio de -7 ºC.

A noite contou com pratos latino-americanos, mojitos e muita salsa. Foram distribuídos pratos com uvas por todas as mesas para a famosa superstição e a contagem regressiva foi acompanhada pelo canal de uma rede televisiva local. Logo após a comemoração e os cumprimentos, a DJ do restaurante levou todos à pista de dança ao colocar “Ai se eu te pego” cantada por Michel Teló com direito a coreografia e a letra da música na ponta da língua. Éramos os únicos brasileiros no local, mas encontramos chilenos, argentinos, venezuelanos, cubanos e é claro: chineses.

Endereço: F1-01, South Tower, Guanghua Dong Li No. 8. China Overseas Plaza. Beijing